Prefeito Juliano e Magaly, filha da Professora Arly Pinto Chaves. Foto: Jornal Panorama
Na sexta-feira 06 de Julho a Prefeitura de Alagoa inaugurou o Museu Municipal Professora Arly Pinto Chaves. O museu foi criado através da Lei Municipal nº 992/2018 com o objetivo de incentivar a preservação do patrimônio histórico e cultural de Alagoa.
Família da Professora Arly Pinto Chaves. Foto: Jornal Panorama
Além das autoridades municipais, a cerimônia de inauguração contou com a ilustre presença da família da saudosa professora Arly, que recebeu uma homenagem póstuma. O Prefeito Juliano e a Diretora Magaly, filha da Professora Arly, procederam o descerramento da placa inaugural.
Também foi inaugurado o Arquivo Municipal no mesmo local, e ambos órgãos serão vinculados à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Sobre a Professora Arly Pinto Chaves:
Professora Arly Pinto Chaves
Arly Pinto Chaves, filha de um queijeiro com uma professora: Irineu Pinto e Maria do Carmo Lima Pinto. Nasceu em 29 de Abril de 1946, teve como irmãos: Nancy Pinto Lima, Paulo Lima Pinto e Lucy Pinto Lima.
Sua infância se deu numa época de muita dificuldade. Foi criada numa família de 18 pessoas morando numa mesma casa. Essa foi sua primeira escola, ali aprendeu o valor da convivência, do amor e do respeito às diferenças.
Como aluna, sempre foi muito aplica e responsável. Estudou até a 4ª série aqui em Alagoa e depois fez a prova de admissão e foi aprovada para estudar no Ginásio e Escola Normal Santa Edwiges, em Aiuruoca, o que só foi possível, graças a um Padre amigo da família: Pe. José Vicente de Araújo, que na época, conseguiu uma bolsa de estudas para ela. No Colégio das irmãs alemãs, fez o ginásio e o curso de Magistério.
Aos 17 anos, no ano de 1960, formou-se professora e logo em seguida, com seus 18 anos, iniciou sua carreira no Magistério, aqui em Alagoa, nas Escola Reunidas Cel. Porfírio Mendes Pinto.
Casou-se com Tarcísio Cezar Chaves e teve 3 filhos: Magaly Pinto Chaves, Margareth Cahves Pinto e Tarcísio Cezar Júnior. Depois de casada, sempre morou na casa de seus sogros. Teve 5 netos: Pedro Afonso, Henrique, Júlia, Cecília e Tarcísio, mas infelizmente, só teve a oportunidade de conviver com o neto mais velho.
Em sua trajetória profissional foi professora de todas as turmas do 1º ao 5º ano, alfabetizou alunos portadores de dificuldades em casa, depois do horário de trabalho; atuou como supervisora e mesmo depois de aposentada, colaborou no Curso de Magistério, lecionando nas disciplinas de Didática, Metodologia da Matemática e também de Ensino Religioso nas turmas do 6º ao 9º ano.
Finalizou a carreira como professora da biblioteca, totalizando 45 anos dedicados à tarefa de educar, a qual sempre desempenhou com muita dedicação. Foi uma EDUCADORA, no verdadeiro sentido da palavra, acreditava na mudança através da educação. Ao longo da vida, fez com que vários alunos sentissem orgulho e acreditassem em si mesmos.
Foi uma pessoa religiosa, mulher firme em suas convicções e princípios, tinha muito orgulho de sua cor e honrava suas origens.
Sempre foi engajada na política, fiel às suas amizades e aos seus companheiros, uma amante do carnaval.
Como filha, foi muito atenciosa e obediente, nunca respondeu para seus pais, sempre procurou ajuda-los em todas as suas necessidades. Mesmo depois de casada, ia todos os dias, ainda que rapidamente, ver como estavam seus pais e sua família.
Como esposa, foi companheira, acolheu a família de seu marido como sendo sua.
Como vó, ainda que num período curto, de apenas 2 anos e meio, amou intensamente, ficando eternizada no coração de seu neto.
Como mãe, sempre ensinou aos filhos ter os pés no chão, sempre mostrou que nada cai do céu e que temos que lutar por aquilo que queremos. Ensinou além do tempo e deixou grandes ensinamentos: quando acreditamos na mudança e fazemos da FÉ nosso porto seguro, não nos deixamos abater pelas dificuldades que a vida nos impõe, passamos a ser inspiração na vida de outras pessoas. Quando tudo isso acontece, podemos dizer que somos pessoas que transformam vidas.
Assim se resume a trajetória de 62 anos de ARLY PINTO CHAVES e seu legado, que atravessa gerações.
Cultura: Cada Vez Melhor!
Prefeitura de Alagoa – MG | ADM 2017/2020
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